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Transformando o Dióxido de Carbono (CO2) - Uma Estratégia para a Descarbonização

CEHTES publica artigo sobre o aproveitamento do CO₂ na produção de combustíveis e produtos químicos, ressaltando seu papel na descarbonização e na inovação industrial, com apoio de tecnologias de captura, e trazendo também uma análise sobre o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE).

A transformação do dióxido de carbono (CO2) em produtos químicos, combustíveis e materiais representa um caminho estratégico para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que fomenta a inovação tecnológica e o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono.

Abundante, de baixo valor comercial e não tóxico (em baixas concentrações), o CO2 apresenta ampla versatilidade industrial. Seu uso como insumo químico, sobretudo quando o carbono é fixado a longo prazo, constitui alternativa relevante para a mitigação dos GEE. Estratégias de uso do CO₂ na produção de bens constituem um pilar para a descarbonização e serão apresentadas neste artigo.

Apesar das barreiras técnicas, econômicas e regulatórias ainda existentes, observa-se um avanço significativo nas rotas de conversão de CO2, impulsionado por programas de PD&I. A crescente disponibilidade de hidrogênio verde e o amadurecimento de catalisadores mais seletivos e eficientes sinalizam uma tendência de viabilização industrial para essas rotas, com destaque para a produção de metanol, ácido fórmico, carbonatos orgânicos e policarbonatos, entre outros.

A missão na Linha 2 é desenvolver soluções inovadoras que contribuam para a descarbonização da indústria química, utilizando o CO₂, um dos principais gases do efeito estufa, como matéria-prima para a síntese de substâncias de interesse comercial. Essa estratégia insere-se no escopo do que se denomina captura e utilização de carbono (CCU), uma abordagem essencial para reduzir emissões e, ao mesmo tempo, gerar valor a partir de resíduos gasosos.

Neste cenário, tecnologias como a Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono (BECCS) demonstram que é possível alinhar metas ambientais ambiciosas com oportunidades econômicas, sobretudo em países com matriz energética renovável e vocação agroindustrial, como o Brasil.

O artigo analisa as emissões de GEE no contexto global e brasileiro, destacando suas especificidades, além de abordar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), instituído em 2024 pela Lei nº 15.042 como uma ferramenta estratégica para o setor. O SBCE não apenas apoia o cumprimento das metas nacionais, como também estimula inovação tecnológica, incentiva investimentos em setores de baixa emissão e fortalece a competitividade das empresas brasileiras no cenário internacional.

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